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segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Criado nos EUA há mais de 60 anos, método Rolf ganha adeptos


Academia de ginástica, dieta, tratamentos estéticos. Que o mundo vive a febre do culto ao corpo ideal, não é novidade. Mas o que realmente sabemos sobre o nosso corpo e sobre como integrá-lo de maneira mais harmoniosa ao meio? Um caminho para tanto pode estar no Rolf, método de integração estrututural criado nos Estados Unidos nos anos 40 e ainda pouco conhecido no Brasil, mas que começa a ganhar adeptos inclusive em Belém.

Desenvolvido pela bioquímica Ida Rolf, o método usa o toque superficial e profundo, através de uma espécie de massagem, para trabalhar a fáscia, tecido conjuntivo que envolve músculos, órgãos e ossos e funciona como uma rede de sustentação do corpo. Em uma série de dez sessões com duração média de uma hora, que devem ser realizadas com um intervalo mínimo de dois dias, o terapeuta que aplica o método Rolf vai progressivamente trabalhando todas as partes do corpo, buscando sua integração e a liberação de pontos congestionados que permitem levar a um melhor funcionamento dos órgãos.

As indicações são variadas. Pode ajudar a acabar com tensões musculares e dores crônicas, a melhorar a flexibilidade muscular e a postura. Pode ainda ser um bom coadjuvante no tratamento de processos emocionais, como depressão, estresse, síndrome do pânico e outras doenças psicossomáticas.

“A fáscia vai se adaptando à situação. Se você não usa, ela vai se contraindo e o corpo perde mobilidade. Mas ela é um tecido meio gelatinoso que cede à pressão. Com o Rolf, você faz com que o músculo se mobilize mais, o que leva a toda uma reorganização, levando a melhorias no sono, na alimentação, na qualidade de vida”, defende o psicólogo Delilton Nobre, do Espaço Yin-Yang, único habilitado em Belém na aplicação do método.

Delilton Nobre tomou contato com o método Rolf há cerca de um ano, quando pesquisava elementos de leitura corporal que pudessem auxiliar o processo de psicoterapia. Encantou-se tanto com as possibilidades da técnica desenvolvida pela bioquímica norte-americana que hoje dispensa a maior parte de seu tempo à mesa de massagens.

Segundo o terapeuta, formado pela Guild for Structural Integration (fundado por seguidores de Ida Rolf), o método Rolf é capaz de abrir as portas para um maior conhecimento corporal e para a superação de traumas que foram suprimidos da memória consciente, mas que levam a problemas físicos. “Constituímos nosso corpo em cima de experiência emocionais, desde a gravidez até a vida adulta. Algumas vezes, esses registros emocionais ficam impressos no corpo, de forma positiva ou como traumas. Com o Rolf, é possível acessar memórias às vezes de coisas que aconteceram quando a pessoa tinha 4, 5 anos e que levam a fobias ou a contraturas musculares, por exemplo”.

Delilton explica que o Rolf é também um trabalho de reestruturação energética, mas diferente de técnicas como o Reiki - que é feito sem toque, somente com a imposição de mãos. “No Rolf você realiza toques mais profundamente e vai descongestionando pontos de energia. Fazendo uma comparação, é como desobstruir uma artéria e permitir que o sangue flua melhor.”

Não raro o terapeuta acaba presenciando cenas de catarse após as sessões. “Às vezes as pessoas choram. Não é que o objetivo do Rolf seja esse, o que ele propõe é buscar um melhor equilíbrio do corpo com a gravidade, melhorar a flexibilidade. Mas pode ajudar nesse sentido.”

A fisioterapeuta Larissa Ranieri, 24, aderiu ao Rolf há três meses, buscando uma solução para as dores na coluna. Após quatro sessões, diz que já verifica bons resultados. “Resolvi experimentar o método porque tenho uma escoliose com inclinação para o lado direito que me causa muitas dores lombares. Eu tenho um bom alongamento, uma boa forma, sempre pratiquei atividades físicas. Faço tai chi e pilares, mas ainda assim não resolvi o problema das dores. Senti os benefícios do Rolf já na primeira sessão. Parece que o meu corpo ficou mais solto, liberado.”

Depois de quatro sessões, Larissa diz que a respiração, que era prejudicada pelo desnível na costela, melhorou, assim como a qualidade do sono. “O Rolf trabalha na integração das partes moles do corpo, pele, músculo, ligamento, cartilagem, e lida com o corpo como um todo”.

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